terça-feira, 17 de agosto de 2010

Capítulo 7 : Explicações

-O que vocês pensam que estão fazendo?- Disse o avô de Ivan, quando a porta da caminhonete foi aberta.




-Nós? Olha só como o senhor está tratando a gente! Acha isso certo?


-Calada, menina.Estou falando com meus netos.


Isso fez com que Laura murchasse.


-Como você sabia onde estáva-mos, vovô- Ivan estava com mais raiva da situação do que qualquer pessoa, e suas palavras saíam exalando ódio.


-Estou mandando pessoas vigiarem vocês dois desde a morte de seu pai.


-Mas e eu? Meu tio morre e eu que tenho que ser vigiado?


-Marcos, não se faça de idiota. Alem de você ser da família, está sempre com Ivan. Não sei quem matou meu filho e não quero que matem meus netos. Por acaso acham que sou o que?


-Um crápula. –resmungou Laura, levando uma cotovelada de Ivan.


-Desçam da caminhonete, comam alguma coisa e durmam.


-E onde está meu carro, vovô?


-Chegando com um dos seguranças nesse exato momento. Boa noite.- e o Sr Michael , com sua bengala e boina, adentrou na mansão sem nem olhar pra trás.


A caminhonete e os seguranças saíram da entrada sem falar nada com eles.


Em instantes, todo o tumulto às cinco horas da manhã, se transformou em vazio.


-Hum...ok...alguém me empresta uma roupa pra dormir aqui?


-Pode dormir nua, Laura.


-Ivan posso dormir com você ,bem longe do Marcos?


-Sim, pode dormir na minha cama. Eu e Marcos dormiremos no colchão no quarto.


-Ué, cara? Vamos pro quarto de hóspedes.


-E você acha que vou deixar de escapar a possibilidade de dormir com ela?


E riram, tentando fazer de conta que nada naquela noite havia acontecido.


O susto com os seguranças fez os dois se esquecerem de perguntar porque Ivan tinha saido correndo do cemitério.


Mas nada disso saia da cabeça de Ivan. Porquê a coroa de flores escrito F.E.C. com uma caveira? Por que o pai dele tinha um lenço com as mesmas iniciais e por que parecia que seu avô sabia mais coisas?


No momento, parecia ser mais importante ter as pessoas que ele gosta por perto. Lau e Marcos por mais que briguem o dia todo, são pessoas adoráveis e nesse momento estavam disputando os sacos de Doritos e as garrafas de cerveja no mini freezer de Ivan.


-Gente, eu vou mesmo para a igreja hoje quando amanhecer.Tenho que me confessar por ter invadido o cemitério. Deus me livre!


-Laura, não é pra tanto. Estão todos mortos. -Marcos falava, comia e bebia.Tudo junto.


-Credo, Marcos! Mas eu vou sim. Faz tempo que não me confesso. Sinto falta de colocar as coisas erradas que fiz para fora.


-Se um dia você fizer uma tatuagem na bunda e achar que foi errado, estamos aí.


-No Ivan você não bate porque?


-Bom, Marcos, são pessoas e pessoas.


Isso fez Ivan pensar novamente.


-Já que eu tenho sorte, pega uma cerveja aí pra mim e senta aqui que tenho que falar algo com vocês.


Ivan achava que estava na hora de compartilhar com os amigos o que sabia, afinal se meteram em confusão por conta dele. Estava confuso sobre a sigla que achara no lenço do pai e na coroa de flores do professor.


Quem teria dado isso à eles seria quem também quem tinha os matado?


Amanheceu.


Acordaram cedo para Laura ir à igreja. Tomaram café no quarto e foram de carro ao flat de Ivan, para que Laura fosse embora com seu carro.


-Alguém quer ir comigo? Logo aqui no Leblon.


-Ah, to sem nada pra fazer mesmo! -Marcos ainda cheirava a Doritos.


-Vamos, depois de dar um passeio pelo cemitério, ir à igreja não nos fará mal. Depois podemos dar uma volta na praia e almoçar juntos lá no flat. Peço um japa pra gente.


-Oba! Mas quando pararmos no seu flat, vamos à igreja no meu carro. Não quero que aqueles seguranças nos sigam novamente no carro de vocês. -Mas vamos passar lá naquele borracheiro antes, tenho que dar uma revisada nos meus pneus.


Saíram os três da mansão, no carro de Ivan, e chagando ao flat pegaram o Punto preto de Laura com os vidros escuros e rodas cromadas. Não tinha como os seguranças à paizana saberem que aquele era o carro de uma frágil jovem.


‘Frágil’.


O borracheiro não era muito longe de lá e rapidamente estavam no local.


Os poucos funcionários que trabalhavam lá estavam em uma correria de dar pena. Havia um Celta preto com vidros da mesma cor e estava ganhando toda a atenção.


-Oi, desculpa. Vocês estarão ocupados assim o dia todo, ou terão algum momento livre pra encaixar meu carro? -Laura meio que tacava as palavras para quem pudesse ouvir.


-Senhorita, desculpe. -Um dos borracheiros tentava limpar as mãos em um pano mais sujo ainda para se dirigir á ela. - É que faz vinte minutos que um senhor deixou esse carro aqui pra revisar tudo e ele já vem busacr daqui a pouco. Mas já vamos atender a senhorita.


-Nossa! Mas só vinte minutos pra fazer tudo? É um sem juízo! Tem poucos homens aqui, claro que não ia dar!


-Pensamos isso também, mas ele nos pagou tudo antecipado e nos deu muito mais que eu ia cobrar. O ruim é que ele já nos ligou dizendo que estava vindo. Por isso estamos correndo.


-Nossa, ok. Vou esperar aqui no carro. - e se voltando para os e meninos disse -Vamos sentar aqui no carro que é mais limpinho, né? Ouvir uma música, sei lá.


-Sim, é o jeito.


-Gente, é melhor a gente ir logo pra igreja.


-Por quê, Ivan? Virou católico ao extremo agora?


-Eu vou só esperar eles darem uma balanceada nos meus pneus, porque essa pressa?


- Meu carro já está pronto? - um homem gordo e quase completamente careca entrava com pressa na borracharia - Tenho que pegar a Rio Santos antes que engarrafe.


- Eu achava que mortos faziam apenas uma viajem espiritual e não em um carro, professor Carlos.


- Ivan e Marcos Kreischer. Laura...o quê... eu...


- É melhor você respirar fundo e nos falar porque eu chorei pela sua morte à toa.

3 comentários:

  1. Boa boa!!! acho q o avô dele q tah d maldade rs XD
    e ql eh do papo do maluco q naum morreu? D=
    esperando por mais *~*
    kissus

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  2. É a volta dos que não foram...


    ... ainda. XD
    No aguardo do próximo capitulo! *;
    AMO VC

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  3. O professor está de conchavo com o coroa...rs

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