-Mas nós vamos nos limitar a não fazer nada?- Marcos estava indignado.
-Não sei cara. Mas a coisa está séria. Não sei o que podemos fazer, porque não sei quem está me ligando. Quem quer que seja esse filho da mãe sabe meus passos.
-Mas não poderia ser o avô de vocês, né? Ele está na mesa de cirurgia.
-Lau, Nem quero pensar se ele está envolvido. Mas pra falar a verdade ele não está mais me assustando. Estou mais preocupado exatamente com a cirurgia do meu avô.
-É melhor a gente acionar a polícia, e os bombeiros já que explodiu o caminhão.
-Marcos, a polícia está envolvida em algo que a gente não sabe e tudo que meu pai podia colocar alarme de incêndio junto com a brigada de bombeiros do bairro, ele colocava. Morria de medo de fogo. Eu que não quero que a polícia saiba que eu estou envolvido com mais mortes.
-Espera, Marcos. De que você disse que o tio morria de medo mesmo?
-De fogo.
-Lembra que ele tinha marcas de queimaduras e ninguém nem tocou no assunto depois?
O rosto de Ivan mudou. Pela primeira vez, algo naquela misteriosa morte de seu pai começava a dar algum rumo.
A pessoa que o matou sabia de seus medos, sabia seu telefone, sabia que os três estavam buscando respostas e estavam chegando perto.
Ivan estava pálido.
Pensava que só queria a mãe dele para dar um abraço e dizer que estaria tudo bem.
-Ivan. Fala alguma coisa. –Laura nunca havia visto o rosto de Ivan tão vago.
-Vamos abrir a mochila do professor Carlos. Marcos, pega a agenda. Acho que vamos dar uma ligada pra nossos amigos policiais da divisão de homicídios.