quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Capítulo 16 : Onde está Marcos?

-Está tudo certo agora. É só esperar o efeito do anestésico passar e medicá-lo com os remédios corretos. –Disse o cardiologista à avó de Ivan.



-Bom, menos uma coisa pra nos preocupar. O importante é manter a nossa família unida todo o tempo. Obrigada doutor. –E virando-se para a mãe de Marcos, disse: - E Marquinhos? Onde está?


-Ai, a senhora não conhece aquele moleque? O telefone tocou e ele logo sumiu! Nem me disse pra onde ia.


-Talvez isso de sumir seja de família. Não vamos nos preocupar, não é?


Na mansão, Ivan chorava. Queria uma saber o que tinha acontecido por lá, mas não conseguia. –Tenho que achar algo! Tenho que achar algo!-Se levantou do chão e correu para a biblioteca. A delegada correu atrás do garoto insensato.


-Moleque! Não coloque a mão em nada, ou vai estragar tudo!-Sandra estava com sua 38 em mãos na direção de Ivan. –pare imediatamente onde está e acalme-se.


-Como que eu vou me acalmar com você me apontando uma arma. -Disse entre os dentes. –Acha mesmo que depois de ver meu pai morto, ver meu professor morto, ver supostamente meus seguranças morrerem e ver o sangue da minha amiga nesse chão eu vou me importar com uma merda de arma pra mim? Não me peça calma!–Agora gritava.


-Se você colocar a mão em algo que eu não esteja vendo, vai alterar a cena do crime. Não seja criança. –Disse abaixando a arma.


-Ela estava vendo a mochila do professor Carlos. Não sei se encontrou algo. –Disse entrando na biblioteca e pegando a mochila do chão.


-Que caixa é essa?


-É um anel. Tem uma inscrição nele que eu encontrei em uma coroa de flores na cova do professor e em um lenço do meu pai.


-Meu Deus! Tudo se encaixa! O médico tinha um anel assim e o maluco do meu chefe da Federal tinha um broche.


-Então realmente estão envolvidos em algum tipo de sociedade?


-Desculpe Ivan. Mas sim, estão. Ao pé que estava minhas investigações, ela é uma sociedade antiga que foi formada em universidade nos Estados Unidos. Foi uma forma de dar continuidade à sociedade Skull and Bones e outras seniors de Yale.


-Me-meu avô se formou em Yale.


-Sabe se ele guarda recordações ou anotações em algum lugar?


-Tem algumas fotos naquela estante e uma ampliada aí na parede.


-Ivan. Você já prestou atenção nesse quadro? Estão todos com o anel de caveira e tem a bandeira F.E.C. atrás.


-Sério? –Ivan estava pasmo. Esfregou as lágrimas e deu uma boa olhada em uma pista que sempre esteve na cara dele. –Acho que só as mulheres perceberiam isso. Sempre olhei mais para a farda deles.


-Será que sua amiga viu isso?


-Não sei. Tome, este caderno tem uns números grifados. Era do professor, não sei se ajudaria.


-Talvez sim. Vou ligar para meu pessoal da delegacia. Temos que investigar o sumiço de sua amiga. Tente avisar aos pais dela.


Aos pais dela... Como avisar isso? Ivan achou melhor deixar pra depois.


O celular toca.


-Oi vó. O que? Não sei onde Marcos está. Ele saiu daí tem tempo? Está bem. Qualquer coisa aviso. Tchau.


-Marcos. O primo esquentadinho e brincalhão. Não gosto de pessoas bipolares. Tem sempre tendência a fazer algo errado na vida.


-O que você quer dizer com isso, delegada?


-Por acaso seu primo sabia atirar?


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