sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Capítulo 11 : Telefonema

  Os três entraram no carro de Laura, com Marcos dirigindo. Ivan ligou para a avó e perguntou o estado de seu avô.
  -Ivan, estamos indo para o hospital. O médico de seu avô acha que seria bom se ele passasse por uma angioplastia para desobstruir a veia que está com gordura. A cirurgia vai demorar, mas ele está em boas mãos. Diga ao Marcos que estou com a mãe dele aqui, não precisa vir aqui agora, quando a cirurgia acabar eu te aviso.
  Ivan desligou o celular, pediu para que Marcos parasse o carro e chorou. O desespero bateu em sua cabeça. E se o avô dele morresse? Quantas mortes uma pessoa é capaz de superar em uma semana?
  Quem havia sido o assassino de seu pai e de Carlos? Seu avô estaria envolvido ou preocupado?
  Por que isso em tão pouco tempo?
  -Ivan, calma. Você pode chorar tudo o que tem pra ser chorado nesse momento, mas você precisa se acalmar. –Laura passava as mãos nos cabelos de Ivan, que estava com a cabeça abaixada.
  -Eu estou calmo. Só estou com raiva de tudo isso. Vamos para a mansão. Vou acabar com essa desconfiança do meu avô, seja confirmando a culpa ou livrando a cara dele de vez.
  Marcos ligou o carro e foi em direção à mansão.
  Estava completamente vazia. O alvo deles era inicialmente a biblioteca, onde Ivan pode mostrar aos três o lenço na doma. As letras F.E.C. pareciam querer mostrar algo a eles que eles não conseguiam ver.
  Entraram em vários arquivos no computador da biblioteca e descobriram pesquisas do pai de Ivan sobre religiões e seitas de todo o mundo.
  O celular de Ivan tocou, recebendo uma ligação de um número privado.
  -Alô
  -Oi, Ivan. Saudades dos seus seguranças?
  -Quem está falando? Como sabe deles?
  -Acho que eles não vão mais perturbar. Você poderá tentar achar alguma pista sem eles para atrapalhar.
  -Quem está falando? Onde estão eles?
  -Basta olhar as câmeras do circuito de transportes de combustível do seu pai.
  Ivan rapidamente abriu o circuito das câmeras. Um dos caminhões de gasolina havia explodido. Porém, nenhum caminhão era deixado no estacionamento com combustível dentro.
  -E-eles não poderiam estar ali dentro, certo?
  -Poderiam e estavam, caro. Agora saia imediatamente do meu caminho, antes que eu também acabe contigo.
  Ligação terminada. Laura e Marcos perplexos diante da explosão do caminhão e da expressão de Ivan.
  -Ivan? Quem estava no caminhão? E no telefone? –perguntou Laura, com medo de falar.
  -Os seguranças. O assassino do meu pai. Ele tem meu número, ele sabe que estamos aqui. Ele sabe que estamos procurando pistas. - Ivan estava chocado, sentado, olhando para a imagem avermelhada do caminhão coberto por chamas e o telefone na mão.-Teremos que ter mais cuidado daqui pra frente.

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